Mais do que momentos de diversão, participar de acampamentos e retiros marca de forma única a vida dos jovens cristãos e promove um avivamento espiritual. Porém, há mais de um ano, com a pandemia, a Paróquia Nossa Senhora do Carmo precisou suspender a realização dos seus acampamentos.
Então, para relembrar os velhos tempos e manter acesa a chama do Espírito Santo, nessa quinta-feira (29/07), a comunidade Maristela promoveu uma noite muito especial de louvor e espiritualidade para os jovens campistas do Fac (Formando Adolescentes Cristãos) e do Joam (Jovens e Adolescentes em Missão).
O atual pároco da paróquia, padre Rodrigo Gomes de Moreno, fala que reuni-los para momentos como esse é de grande importância e faz toda a diferença. “Nós queremos a cada instante nos comprometer a vivenciarmos esta busca aos valores de Deus e as espiritualidades têm nos fortalecido de forma on-line e agora retornando presencialmente.”
Para Andrey Borges Batalha, 23, diretor do acampamento Fac, momentos como esse são imprescindíveis. “Ainda que o amor de Deus seja infinito, nossa sensação de sentir-se amado é finita, falha. Por isso precisamos de momentos de espiritualidade para nos lembrarmos do quão privilegiados somos e do dever que possuímos de passar tudo isso adiante, para que mais pessoas se sintam assim.”
O mesmo foi para Gabriel Galli, 21, diretor do acampamento Fac e coordenador da intercessão jovem: “Ver todo mundo de novo foi muito bom! Olhar o carinho de cada um, mesmo que de máscara, a gente se sente em casa e consegue enxergar os rostos familiares de novo! Foi maravilhoso encontrar amigos onde a gente não se via há muito tempo”.
Pedro Lucas Holanda de Almeida, 18, voluntário no Doutores da Alegria e campista, afirma ter matado a saudade de viver os encontros. “Falando especificamente desse momento, foi incrível demais, cativam os jovens para voltarem a igreja e os grupos ajudam as pessoas a ficarem mais motivadas semanalmente e a não se afastarem da comunidade, realmente muito importante.”
Acampamentos da Maristela
Há 25 anos, a Paróquia Nossa Senhora do Carmo vem mudando a vida de milhares de jovens na cidade, na região e até no país. Com mais 18 tipos de acampamentos, só no ano de 2019, foram realizadas, ao menos, 24 edições do evento, já que alguns deles acontecem mais de uma vez ao ano.
O pároco conta que boa parte dos acampamentos surgiu após uma experiência de Astromar Miranda Braga, em Petrópolis (RJ). O primeiro foi o Acampamento Juvenil e com o tempo outros foram surgindo e até mesmo sendo fundados aqui em Presidente Prudente. Eles são voltados para todos os públicos, com o objetivo de evangelizar e promover um encontro pessoal com Cristo.
“Os acampamentos trazem alegria, cumplicidade, trazem sentimentos para nós refletirmos sobre o trabalho em equipe, vivenciarmos uma fé de um Deus muito próximo um dos outros. Eles têm feito com que muitas curas aconteçam e lembram que é possível sim superar os desafios que a vida nos apresenta”, destaca o padre.
O Joam é um dos acampamentos da paróquia e ocorre desde 1999, chegando em 2019 a sua 27ª edição. Normalmente, conta com mais de 200 voluntários trabalhando e o número de campistas varia de 100 a 150. Lauriana Paião dos Santos Lima, 43, catequista, ministra da Eucaristia e umas das coordenadoras do Joam, conta que a organização e desenvolvimento do Joam levam praticamente um ano.
“Nós costumamos dizer que o acampamento é muito mais para equipe do que para o campista. Começa em janeiro com a preparação, em julho é o acampamento, e depois ocorre o pós-Joam, que geralmente acontece em outubro”, explica Lauriana Lima.
O Joam tem o foco naqueles jovens que já estão caminhando para a maior idade, entre 16 e 18 anos. “A função do Acampamento é essa: devolver o jovem para o mundo com uma fé mais firme, mais alicerçada, para que ele consiga fazer a diferença”, afirma a coordenadora.
Realizado 23 vezes, o Fac tem o objetivo de mostrar e apresentar o amor de Deus aos adolescentes, entre 15 e 16 anos, bem como apresentar que é possível servir a Deus mesmo na juventude.
Com uma equipe de cinco diretores (jovens) e três casais de coordenadores, a função deles é gerir o pré e o pós acampamento, em conjunto, para que ocorra tudo da melhor maneira e que os faquistas conheçam o amor de Deus.
Gabriel Galli é um dos coordenadores e compartilha que: “O Fac para mim representa amor. Amor primeiramente por Deus e por estar levando pra frente tudo o que eu vivi pra outras pessoas também vivenciarem esse amor”.
Experiências
Pedro Lucas Almeida já pôde vivenciar três acampamentos da Maristela: CES 2019, Fac 2018 e o Joam 2019. Também já teve a oportunidade de trabalhar em duas edições e só consegue traçar elogios.
“O acampamento é uma das melhores coisas do mundo, sem exagero nenhum. O clima dele, a união das pessoas se conectando ou reconectando com Deus, é mágico demais e sempre é um aprendizado sobre quem é você mesmo e sobre as coisas de Deus”, destaca Pedro Lucas Almeida.
Para ele, o acampamento é um lugar para esquecer as coisas mundanas e se concentrar apenas em amar, sentir-se amado por todos ali e principalmente por Deus. Sobre sua primeira experiência, Pedro conta que foi convidado por amigos e que o acampamento transformou sua vida.
“Foi demais, nunca tinha vivido uma experiência de união tão forte entre as pessoas. Eu não me conhecia tão bem e nem me relacionava tanto com Deus na época. Minha vida realmente mudou e a igreja, principalmente minha comunidade Maristela, virou ponto-chave na minha vida”, enfatiza o campista.
Já para Andrey Borges Batalha, o acampamento representa uma das maiores provas do amor de Deus. “É poder não só vivenciar, mas ajudar a organizar e evangelizar pessoas dá uma sensação de que estou retribuindo pelo menos um pouco de tudo que Ele fez e faz por mim.”
Ele, que já passou pelo Fac, Mirim, Ces, Joam, Acampamento de Oração e O Retorno, conta que, aconselhados pelos amigos, transferiu sua catequese para a Maristela, justamente para participar dos acampamentos e viver essa experiência. “O acampamento é um dos responsáveis por ser quem eu sou hoje. “Não que eu seja perfeito, longe disso, mas me permitiram me conhecer melhor e fazer muitos amigos para a vida, além de viver as experiências mais sinceras e felizes que já vivi.”
A parada
Desde março de 2020, início da pandemia, a paróquia teve que paralisar todos os acampamentos. Segundo padre Rodrigo, um dos acampamentos já estava com tudo pronto para ser realizado, inclusive com as camisetas encomendadas, equipes montadas, porém precisou ser suspenso.
“Mesmo não podendo realizar, nós estamos confiando que a volta dos acampamentos será de uma forma a nos fortalecer ainda mais e lembrar que tudo tem um tempo, tudo tem um propósito e para que a gente possa observar hoje como o maior presente de Deus”, diz o sacerdote.
Ao todo, 18 tipos de acampamentos foram paralisados: Infância missionária, Mirim, CES, Fac, Joam, O Retorno, Juvenil, Sênior, Trekking, Acampamento de Oração, AOJ, Magníficat, Casais, Noivos, Família, Acampamento 2, Acampamento Nacional e Acampamento para Professores.
A pandemia pegou a todos de surpresa, em um cenário de incertezas. “Nós tivemos um sentimento de realmente estarmos com as mãos atadas, pois muitos adolescentes e crianças estavam a esperar, assim como cada um de nós, pois sabemos da importância que os acampamentos têm na vida e na transformação de cada jovem”, afirma o padre.
O retorno
A pergunta que todo mundo quer fazer é a seguinte: e quando voltam os acampamentos? Segundo o padre Rodrigo, ainda não tem uma data específica para esse retorno, mas sempre é tempo de se preparar.
“Já estamos nos abastecendo para podermos acolher os nossos campistas e os nossos jovens que compõem as equipes de trabalho nos acampamentos. Todos são muito bem-vindos nesta grande obra evangelizadora”, afirma o pároco.
Uma das mudanças que estão sendo definidas é a questão da idade, já que houve um atraso de cerca de dois anos dos eventos, com a paralisação.
Enquanto não há datas, os campistas seguem na esperança da retomada. “Espero que voltem o mais rápido possível! Só Deus sabe o quanto gosto de estar lá e poder trabalhar e me divertir. Está tudo muito difícil, mas as coisas vão melhorar e espero poder fazer parte das mais belas obras dessa comunidade”, destaca Pedro Lucas Almeida.
“A expectativa é das melhores. Sabemos que será bem difícil a retomada e que vamos ter que nos adequar a novas realidades. Porém, estamos animados e dispostos a fazer dar certo novamente”, diz o diretor do Fac, Gabriel.
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