Assim como amar a Deus não é uma obrigação, o dízimo na igreja também não é um dever e muito menos um pagamento. Ele é um bem extremamente importante para a paróquia, pois contribui em quatro dimensões: religiosa, eclesial, missionária e caritativa. 

Na Paróquia Nossa Senhora do Carmo são mais de 600 dizimistas ativos que devolvem o dízimo, atualmente. É com esse valor arrecadado que a igreja se mantém firme e realiza as obras de evangelização.  

Significado 

A palavra Dízimo significa décima parte e  está presente na bíblia desde o tempo do Antigo Testamento, quando os judeus doavam 10 por cento do que ganhavam com o seu trabalho. 

Com o tempo, o dízimo passou a ser uma doação regular e proporcional aos rendimentos do fiel, porém não há um valor estipulado. O atual pároco, padre Rodrigo Gomes de Moreno, explica que, baseado no apóstolo Paulo (2Co 9,7), cada um deve fazer sua oferta de acordo com o seu coração. . 

Assim, esse ato de devolução precisa tocar o coração de cada um e lembrar, com responsabilidade, que  “este valor partilhado, devolvido ao templo, à casa de Deus, é um gesto de gratidão por tudo aquilo que realiza-se ao longo da vida cristã”, destaca o sacerdote.

Como o dízimo é administrado? 

Na comunidade, existe o Conselho de Assuntos Econômicos Paroquial (CAEP), uma equipe formada por quatro leigos e o padre Rodrigo Gomes de Moreno. Eles são os responsáveis por assessorar o sacerdote na administração dos bens temporais, sempre seguindo a legislação canônica universal, sobretudo as normas e diretrizes da Diocese de Presidente Prudente.

De acordo com um dos membros do CAEP, João Celso Russi, 55, Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística, este conselho é de extrema importância para a comunidade. “Por meio dele, gerenciamos as economias arrecadadas pelo dízimo, doações e promoções, mantendo o patrimônio físico da paróquia (matriz e capelas), cuidando de sua manutenção e proporcionando condições favoráveis aos trabalhos pastorais e de evangelização.” 

“Todo dinheiro arrecadado tem sido muito valorizado pelo CAEP, pois sabemos da importância do uso racional e da multiplicação destes recursos para o bem de todos e progresso espiritual, social e fraternal de nossa querida Paróquia Nossa Senhora do Carmo”, destaca o conselheiro, João Russi.

Como é utilizado o dinheiro?

O dinheiro arrecadado pela paróquia é administrado com base na previsão orçamentária e procura seguir a programação dos investimentos e das obras paroquiais. 

“As prioridades são as despesas fixas da igreja, seguida da manutenção dos bens paroquiais e do custeamento dos trabalhos pastorais, que proporcionam o crescimento espiritual da comunidade, não deixando de lado as obras sociais e os investimentos necessários para a estruturação do espaço físico que atende toda a comunidade”, destaca João Russi. 

O padre Rodrigo Gomes ressalta que, graças à doação dos dizimistas, é possível avançar nos trabalhos evangelizadores. “Nós vamos elencando elementos que são essenciais tanto na vida paroquial, nas capelas, na matriz, no Centro de Catequese, no Salão Paroquial, no Centro de Formação, bem como nas outras realidades e dimensões, sobretudo neste tempo, com cestas básicas, agasalhos e outras dimensões para o auxílio ao próximo.”

Pastoral do Dízimo

Com cerca de 100 voluntários, o coordenador da Pastoral do Dízimo, Luiz Cláudio Miguel Ferreira, 63, destaca a importância deste eixo da Igreja. “Coordeno uma pastoral que tem uma grande missão dentro da Igreja. É ela que reúne a contribuição voluntária de cada paroquiano, a fim de organizar a manutenção da vida da paróquia.” 

Outra coordenadora é Giovana Miti Aibara Paschoal, 27, responsável pelo Dízimo Jovem, mais focado na juventude paroquial. “Organizo a escala mensal dos plantões e também sirvo neles. Ao todo, são 20 pessoas que nos ajudam.”  

Importância do Dízimo

Na visão do coordenador, Luiz Ferreira, o Dízimo é um compromisso de fé e está relacionado com a experiência com Deus. “O Dízimo é contribuição sistemática e periódica dos fiéis, por meio da qual cada comunidade assume com responsabilidade sua sustentação e a da Igreja.” 

Ainda segundo ele, o Dízimo é uma decisão pessoal, que exprime a pertença à Igreja e manifesta a amizade que circula entre os membros da comunidade.

Já para Giovana, devolver o dízimo faz toda a diferença. “Quando a gente entende a importância de partilhá-lo, as bênçãos começam a acontecer. Para mim, é uma forma de agradecimento pelo trabalho que Ele mesmo me deu”. 

E apesar de todo engajamento, os jovens ainda têm um longo caminho a ser percorrido nessa questão. “Acho que a juventude ainda não está consciente da sua responsabilidade na comunidade. Porque a gente sabe que é dando que se recebe, mas é preciso agir/partilhar”, opina Giovana. 

Como ser um dizimista? 

É muito simples ser um dizimista. Basta comparecer na Sala do Dízimo na Igreja ou na Secretaria Paroquial e preencher o cadastro com seus dados pessoais. Dessa forma, a comunidade terá um controle de quem está contribuindo na obra evangelizadora. 

Formas de devolver o dízimo:  

Com o avanço dos meios tecnológicos, os recursos ficaram cada vez mais fáceis e acessíveis para fazer as doações e devolver o dízimo. Atualmente, você pode ajudar pelos seguintes meios: 

• Presencial:

– Diretamente na Secretaria Paroquial (em dinheiro, cheque ou cartão);

– Plantão do dízimo nos horário das missas;

• On-line:  

– PIX (Chave: CNPJ): 44.859.254/0005-69

– Transferência Bancária: 

Banco Santander

Ag 0794 

Cc 130012630

Diocese de Presidente Prudente

CNPJ: 44.859.254/0005-69