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Capela Rural de Nossa Senhora Desatadora dos Nós é sinônimo de fé e solidariedade


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Construída pelos moradores do Bairro União de Presidente Prudente (SP) no final da década de 90, a Capela Nossa Senhora Desatadora dos Nós foi a primeira igreja dedicada à Nossa Senhora Desatadora dos Nós no município. 

Até o ano de 2007, pertencia ao Santuário Nossa Senhora Aparecida e após uma redivisão das paróquias feita por Dom José Maria Libório Camino Saracho, bispo diocesano na ocasião, a comunidade passou a pertencer à Paróquia Nossa Senhora do Carmo

Desde então, a comunidade da Nossa Senhora Desatadora dos Nós, localizada na área rural, é composta principalmente por sitiantes que se juntaram e reformaram o local em 2015, sob as orientações do atual pároco, padre Rodrigo Gomes de Moreno. 

Padre Rodrigo durante missa na capela (Pascom Paroquial / Arquivo)

O coordenador da capela, Jair Barbosa de Souza, 52, diz que “a comunidade é pequena, mas participativa desde o início das primeiras novenas e terços nas casas. Então, surgiu a ideia e colaboração para início da capela. Houve muita participação e muitos já não estão mais entre nós”. 

Curiosidade 

Até antes da construção da capela no local, as celebrações eucarísticas, novenas e encontros de oração eram realizados nas chácaras e sítios daquele bairro rural. No início de 2000, logo após a chegada de Dom José Maria, foi entregue uma escritura doando o terreno. 

Na época, o padre Antônio Sérgio Girotti (Tuti), comprou estruturas pré-fabricadas para construção da igreja. Carlos Alberto Faita,  59,  Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística e um dos envolvidos na comunidade, conta que ficaram incumbidos de fazer promoções e arrecadações para a construção. 

“Com a ajuda do Santuário, a capela teve uma parceria muito forte e todos os envolvidos sabem e sentiram que nossa Mãezinha Santíssima esteve presente em todas as fases do crescimento da comunidade e na construção”, destaca Carlos. 

A comunidade rural agiu de forma muito solícita com os trabalhadores durante todo processo. “Como não tínhamos água e nem energia no início, levávamos água dentro de tambores para iniciar a obra. Outros buscavam e levavam os pedreiros para a construção”, afirma Jair. 

Outro fato que chama a atenção é a união dos fiéis da capela. “Em várias ocasiões após as celebrações, costumamos fazer uma confraternização comunitária. É bom de se ver as pessoas naquelas rodas de conversas e a capela proporciona isso”, conta o coordenador. 

Jair junto com o Padre Armando Nochetti e a equipe da capela. (Eloi Cruz / Arquivo)

Além disso, Jair enfatiza que sua motivação em servir voluntariamente naquele local religioso é a simplicidade e o carisma dos fiéis que buscam suas graças e a intercessão de Nossa Senhora. 

“Pra mim, a Mãe de Deus representa acolhimento. Cada vez que vou à capela é como se estivesse num lugar meu, uma sensação de pertencer, uma certeza de estar sob o amparo e proteção muito forte da mãe”, destaca o coordenador. 

Atualmente, a capela tem capacidade para 160 fiéis. O terreno onde ela foi construída é fruto de uma doação dentro de uma propriedade rural. Naquela época, como os encontros não tinham uma igreja para serem feitos, foi feita uma reunião dos fiéis e um casal da comunidade resolveu fazer a doação do espaço. 

Imagem atual da capela rural pertencente ao Santuário (Valquíria Maria Felizardo / Cedida)

Desatadora dos Nós 

Nossa Senhora Desatadora dos Nós é um dos títulos que os fiéis deram à Virgem Maria com toda fé e carinho, originado na Alemanha, por volta do ano 1700. Na época,  o pároco da capela de St. Peter, na cidade de Augsburg, encomendou um quadro de Nossa Senhora ao pintor e cristão fervoroso, Johann Schmittdner, que encontrou  inspiração nas palavras de Santo Irineu, que diz: Eva atou o nó da desgraça para o gênero humano, Maria por sua obediência o desatou.

Réplica do quadro de Nossa Senhora Desatadora dos Nós, na capela. (Eloi Cruz / Arquivo)

Assim, desde que o quadro de Nossa Senhora Desatadora dos Nós foi criado, ela passou a ser invocada como a Mãe que desata os nós do pecado e dos problemas que nos prendem. Como conta a professora de Educação Infantil, Valquíria Maria Felizardo, 34, que frequenta a capela desde janeiro. 

“Comecei a ir à capela por causa de uma dor. Hoje, Nossa Senhora é minha melhor amiga, conto tudo e é em seu colo que choro quando tenho dor, quando passo por tribulações, quando estou sem forças e é para lá que vou”, fala Valquíria. 

Devota de Nossa Senhora foi escolhida para representá-la na missa da padroeira  (Eloi Cruz / Arquivo)

Valquíria é moradora de Martinópolis (SP), mas o amor da mãezinha, o cuidado dela, a faz sentir como se estivesse na casa de sua mãe terrena. “Quando estou lá, não tenho vontade de ir embora. A comunidade é muito acolhedora, me sinto parte integrante dali.”

Milagres

Maria Evangelista da Silva, 64, é frequentadora fiel da capela. Ela conta que sem a comunidade não seria nada. Tanto é que entre as bênçãos recebidas pela padroeira está o do sobrinho e do irmão. 

Maria Evangelista e o esposo na missa da padroeira do dia 15 de agosto  (Eloi Cruz / Arquivo)

“Meu sobrinho sofreu um acidente de moto em 2010. Os médicos disseram que se ele acordasse não ia falar nem andar, mas assim que entreguei ele para Nossa Senhora Desatadora dos Nós, ele acordou sem nenhuma sequela. Hoje é um homem com muita saúde para honra do nosso bom Deus”, conta Maria. 

Já o irmão foi diagnosticado com trombose e estava com o pedido pronto para a amputação da perna. “Pedi a Nossa Senhora Desatadora dos Nós por ele durante a novena e graças a Deus, ele está curado. Os médicos não acreditaram como poderia ter acontecido, mas eu creio que foi milagre!”, relata a fiel.  

Serviço 

Mesmo pequena, a capela conta hoje com quatro ministros. A catequese é realizada aos sábados. As missas ocorrem duas vezes ao mês: na segunda e última terça-feira de cada mês, às 20h. 

Durante o ano, a comunidade também é empenhada em realizar a tradicional novena de Natal, da Fraternidade e a festa da padroeira (mês de agosto), bem como terços semanais. Todos que atuam na capela são voluntários. 

A igreja está de portas abertas para receber batizados e cerimônias de casamento. Como se trata de uma capela rural, a demanda por sacramentos é menor. Então, cursos de batismos e comunhão dos enfermos só ocorrem quando tem a necessidade.

“A capela é um centro onde as pessoas se unem, se encontram e ela também está de portas abertas para o projeto central de melhorias daquele bairro rural”, afirma o sacerdote. 

Grande parte dos fiéis frequentadores são moradores da área rural (Pascom Paroquial / Arquivo)

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